25/03/2013

As coisas com o tempo começam a ficar complicadas demais, começa a dar necessidade de dar um tempo ao coração, um tempo a nós próprios, mas numa questão de segundos temos uma enorme vontade de voltar ao natural , voltar à rotina, mas o nosso orgulho se eleva e a cada dia parece uma luta constante, viver do querer e não ir atrás, viver do(s) não sei, do(s) talvez um dia, viver do(s) se calhar, viver sem certeza, viver do mal até que doa a alma. Na verdade só queria partilhar as tristezas, juntar as alegrias e viver do presente, viver só para mim, mas assim seria egoísta demais e então tento viver um bocado para cada, um bocado para o mundo, um bocado para os amigos, um bocado para o amor, um bocado para a família, um bocado para os desejos dos outros, um bocado para a incerteza dos outros, um bocado para as tristezas dos outros e depois acabo por me esquecer de mim, e é aí que tu entras, é aí que eu sinto mais necessidade de ti, eu esperei que fosses tu a cuidar de mim quando eu me esquecesse de mim, eu esperei seres tu a consolares as minhas tristezas, a fazer-me rir sem motivo, a me fazer sentir uma verdadeira princesa, eu esperei seres tu a proteger-me do mal, mas esqueci-me que estava a lidar com outra pessoa e não comigo mesma que acha que todo o mundo tem de ser igual a mim, que acha que namoro não pode ter discussão para ser perfeito, que amor se tem de mostrar a todo o mundo e acabo me perdendo por aí à espera que chegue alguém que melhor do que me fazer sentir bem me faça sentir uma rainha. 

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